Marco inicial da fundação de Araruna, a antiga Capela de Nossa Senhora da Conceição, representa por si só um patrimônio de inestimável valor histórico e estético, com seu estilo arquitetônico barroco rural religioso do século XIX.
A antiga Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, atual Igrejinha de Santo Antonio, foi marco inicial da urbanização da cidade de Araruna. Foi nela depositada a fé de um homem, que por volta de 1845, havia feito promessa a Imaculada Conceição, padroeira da cidade, este homem era o Senhor Feliciano Soares do Nascimento, vindo de Jacu dos Órfãos no Rio Grande do Norte, fez uma promessa a santa, da qual se fosse concedida graça ergueria uma capela em sua homenagem no alto da Serra de Araruna, tarefa difícil devido ao isolamento do local a época.
Sobre esta construção parece ter havido inicialmente uma primeira capelinha que com o decorrer dos anos foi sendo ampliada e melhorada até adquirir a forma ostentada até hoje.
Foi com certeza o marco inicial da urbanização da cidade, pois foram em seu redor edificadas as primeiras casas, Araruna neste tempo não possuía plano diretor municipal, as casas não seguiam regras de alinhamento, apenas obedeciam às imposições da topografia do local. Em redor da então Matriz da Conceição, eram realizadas as feiras do município, a imponência da Igreja de Santo Antonio era tão forte, que nem mesmo a construção da nova Matriz foi capaz de lhe tirar a preferência da companhia do povo de Araruna, as pessoas teimavam em construir suas casas em direção em sentido norte/sul, em direção a atual Rua Perilo de Oliveira, onde se encontra o cemitério e em direção da saída a Cacimba de Dentro, fato este que deixava a matriz nova isolada, tendo a população que ascender tochas e cortarem mato para chegarem na nova igreja, que foi inaugurada no ano da emancipação política de Araruna (1876). Isolamento este que findou após a construção do Mercado Publico, atual Centro Cultural de Araruna.
A paisagem urbana mais remota de Araruna era o da Igrejinha junto ao cruzeiro, este que tinha de cada lado duas filas de casas (que até hoje se encontram), deixando no meio um largo, o famoso “Largo da Igrejinha”, que compôs a primeira rua do povoado, no lugar deste cruzeiro em 1966, foi construído um parque infantil, e mais tarde na década de 90 uma escola municipal, que descaracterizou de vez a visão mais definidora da geografia humana de Araruna. Este cruzeiro foi recuperado e atualmente está posto ao lado da matriz de Nossa Senhora da Conceição em frente à Praça João Pessoa.
O prédio foi restaurado e salvo da destruição causado pelas mazelas e corrosão do próprio tempo, quando que pelo Decreto nº 20.472, de julho de 1999, o governador do estado, o senhor José Targino Maranhão, homologou a Deliberação nº 0019/99 do Conselho de Proteção dos bens Históricos Culturais –CONPEC, declarando o Tombamento da Igreja de Santo Antonio, patrimônio do povo de Araruna e da Paraíba.
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